Diversas autoridades e lideranças regionais estiveram reunidas ontem (09), no auditório da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Marechal Cândido Rondon (Acimacar), para conhecer o projeto de construção do Aeroporto Regional do Oeste do Paraná S/A. Dentre os presentes estava o deputado estadual Elio Lino Rusch, prefeito rondonense Edson Wasem, presidente da Câmara de Vereadores, Silvestre Cottica, bem como demais vereadores, secretários municipais, presidente da Acimacar, Oldemar Rohloff, demais presidentes de associações comerciais, representantes de sindicatos, do Executivo e Legislativo dos municípios da microrregião, empresários, representantes da imprensa, dentre outros.
O deputado federal Alfredo Kaefer, autor do projeto, não pôde estar presente por motivos de saúde. Entretanto, quem apresentou o projeto foi o coordenador técnico e especialista em administração de aeroportos, William Fischer. Segundo ele, o parlamentar está tomando a iniciativa do projeto tendo em vista que o mesmo já é discutido há muitos anos, principalmente no âmbito político, mas como assumiu uma cadeira na Câmara Federal, se torna mais viável buscar parcerias, como do Poder Público e da iniciativa privada. “A construção do empreendimento seria muito mais do que um aeroporto, seria para transporte de passageiros, complexo de cargas, centro de negócios, para alavancar economicamente toda a região”, destaca.
O coordenador técnico do projeto diz que não há como pensar na construção do aeroporto na região Oeste sem que haja um complexo de carga, pois, de acordo com ele, o transporte de passageiro não traz retorno financeiro. “A intenção é construir o complexo de carga e um centro de negócios, que seria composto por centro de eventos, shopping, hotel, dentre outros. No dia 20 de novembro haverá uma reunião em Brasília, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com um representante da Aeronáutica, para discutirmos a construção da base aérea e apresentarmos o projeto tecnicamente. E devemos ter uma reunião com a futura presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Solange Paiva, oportunidade em que discutiremos uma parceria orçamentária com o governo federal”, afirma.
William Fischer, na ocasião, ressaltou que o projeto para a construção do Aeroporto Regional é e deve ser apartidário. “O Alfredo Kaefer tomou a iniciativa mais como um empreendedor do que como deputado, até porque ele assumiu a vaga na Câmara dos Deputados neste ano e vem discutindo a construção do empreendimento há dois. Se ficar só na questão política, o projeto não sairá do papel. É uma obra de interesse regional da sociedade e não pode ser o projeto de uma ou outra pessoa, bem como uma ou outra pessoa não pode fazer com que o projeto não se torne realidade”, declarou.
Orçamento
A previsão inicial para a construção do empreendimento estava orçada em R$ 50 milhões. Porém, no projeto inicial o acesso ao aeroporto seria na rodovia entre Cascavel e Tupãssi, mas como a PR 467, entre Cascavel e Toledo, foi duplicada, mais um acesso rodoviário deve ser feito, o que vai elevar os custos para R$ 70 milhões. “Esses custos são para a obra básica de infra-estrutura necessária. Mas com a parte do centro de negócios e todo o complexo de cargas, na sua totalidade o custo deve ser de R$ 120 milhões”, revela Fischer.
O investimento seria dividido em 50% para o Poder Público, que integra governos federal e estadual e municípios, e 50% da iniciativa privada. Para a construção da pista com 3,5 mil metros de extensão, o custo seria de R$ 47 milhões, incluso a terraplanagem, pavimentação e drenagem da pista. O projeto inclui ainda revisão da licença ambiental, projeto de terminal de passageiros, com um custo de R$ 250 mil, o acesso rodoviário para Cascavel, e a área total é de 166 hectares. “Sem o aeroporto o crescimento para os próximos dez anos na região está previsto em 25%, com o aeroporto a projeção é de um crescimento de 40%, o que também acarretaria uma redução do custo operacional na movimentação de cargas”, avalia.
Além disso, Fischer destacou também que, segundo dados mundiais, o ciclo de desenvolvimento econômico com a construção de aeroporto seria de 30% nos primeiros sete anos. “O aeroporto não vai atender exclusivamente o setor ligado ao agronegócio, mas vai trazer outros tipos de investimentos, indústrias, principalmente de valor agregado”, diz.
LEGENDA:
O coordenador técnico do projeto, William Fischer, fez a apresentação do empreendimento: “A obra seria muito mais do que um aeroporto, pois serviria para o transporte de passageiros, complexo de cargas, centro de negócios. Isso vai alavancar economicamente toda a região”