O termo de permissão de uso da usina de reciclagem de Marechal Cândido Rondon pela Cooperativa de Agentes Ambientais (Cooperagir), que integra o programa Cooperar, foi assinado ontem (09) pelo prefeito Edson Wasem, pelo diretor da Companhia de Desenvolvimento de Marechal Rondon (Codecar), Alcides Hollmann, e pelo presidente da cooperativa, Carlos Mohr. Diversas autoridades e lideranças municipais acompanharam a solenidade de assinatura do documento, como o vice-prefeito Valdir Port, secretários municipais, promotora Silvia Tessari, presidente da Amparo, Marlise Ricardi, presidente da Acimacar, Oldemar Rohloff, dentre outros.
O projeto Cooperar visa racionalizar a destinação final do lixo produzido nas empresas e residências do município. De acordo com o documento, os agentes ambientais terão direito de comercializar todo o lixo reciclável separado por eles na usina, bem como poderão utilizar todos os equipamentos e a estrutura local. Isso poderá representar um aumento de até 40% na renda dos catadores de papel, estima o presidente da Cooperagir, Carlos Mohr.
Grande passo
Conforme o prefeito Edson Wasem, ao destinar o uso da usina de reciclagem à Cooperagir, a administração municipal estará dando mais um grande passo na consolidação do projeto Cooperar, iniciativa pioneira no Brasil que despertou, inclusive, o interesse do governo federal. “Estamos satisfeitos com o projeto Cooperar, que está dando seus primeiros passos, mas que é de uma importância enorme para Marechal Cândido Rondon. Com a consolidação da Cooperagir, estamos avançando muito dentro dos objetivos traçados”, afirmou o mandatário.
Quem também se mostra entusiasmada com o projeto é a promotora de Justiça, Sílvia Tessari. “Estou confiante que o projeto vai dar certo porque envolve toda a comunidade”, declara. A mesma opinião é compartilhada pela presidente da Amparo, Marlise Ricardi, que entende ser bastante importante o papel social do projeto junto aos agentes ambientais. “Esse é o primeiro passo do que estamos lutando desde a fundação da Amparo”, diz.
Conscientização
De acordo com o secretário municipal de Coordenação e Planejamento, Arlen Güttges, o próximo passo é promover ainda mais a conscientização da população sobre a importância de se separar, nas próprias casas e empresas, o lixo orgânico do lixo que pode ser reciclado (papel, metal, plástico e vidro). Isso é importante para facilitar o trabalho na usina de reciclagem e, principalmente, para não comprometer a qualidade do lixo que pode ser reciclado.
O principal desafio, segundo Güttges, é diminuir o volume de lixo depositado no aterro sanitário. “No prazo máximo de cinco anos queremos tornar Marechal Rondon o primeiro município do Brasil auto-sustentável na gestão de resíduos e, talvez, o primeiro sem a necessidade de um aterro sanitário”.
O secretário explica que todo o lucro da venda do material reciclado a partir da usina de reciclagem será da Cooperagir. “Esta é uma garantia que o município está dando a essas pessoas para que elas possam permanecer neste trabalho e agregar mais valor à sua atividade. A idéia é transformá-los em grandes industriais da reciclagem”, diz, acrescentando: “A demora para que o projeto entrasse em prática é porque gostaríamos de fazer um trabalho correto. Podemos dizer agora que o Cooperar está saindo do papel e sendo colocado em prática definitivamente”, declara.
LEGENDA:
Durante a solenidade o prefeito Edson Wasem destacou a importância do trabalho dos agentes ambientais