Ipê é considerado a planta com a flor nacional
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O ipê, umas das mais belas árvores brasileiras, é a mais cultivada como ornamental em parques e jardins. Para muitos a mais bela é na verdade um complexo de nove ou dez espécies com características mais ou menos semelhantes, com flores brancas, amarelas ou roxas. Suas flores brotam de ramos sem nenhuma folha e sua exuberância é seu traço mais marcante é o que a torna verdadeiramente sem igual. “Qualquer leigo tem curiosidade sobre seu nome ao contemplar a beleza de seu florescimento. Parece que apesar de sua beleza, só não chamou a atenção de Cabral porque não devia estar em floração na época em que este personagem histórico esteve no Brasil”, afirma a professora doutora em Botânica da Unioeste, Sandra Maria Bochi da Silva Volk.
“Ao longo destes 500 anos deste Brasil, o ipê foi amplamente cultivado por sua beleza, mas seriam a utilidade e a durabilidade de sua madeira que o tornariam tão conhecido. Seu uso na estrutura do telhado das igrejas dos séculos XVII e XVIII foi o responsável direto por tais monumentos ainda existirem, uma vez que nem as telhas nem a alvenaria resistiram ao tempo”, declara.
De acordo com a docente, nenhuma outra árvore foi tão cantada em verso e prosa. Por muito tempo, o ipê foi considerado a árvore nacional brasileira. Contudo, no dia 07 de dezembro de 1978, a lei nº 6507 declarou o pau-brasil a árvore nacional e, a flor do ipê, a flor do símbolo nacional.

Espécie
Bignoniaceae é a família botânica que abriga os ipês, incluídos no gênero Tabebuia, palavra de origem tupi-guarani que significa pau ou madeira que flutua, com a qual os índios denominavam a caxeta, árvore que nasce na zona litorânea do Brasil. Apesar da etimologia do nome do gênero a que pertencem, os ipês, ou paus-d’arco, possuem madeira muito pesada (densidade entre 0,90 e 1,15 grama por centímetro cúbico), com cheiro característico devido à presença da substância lapachol, ou ipeína.
Os ipês têm nomes populares variáveis para cada região e para algumas espécies: “ipê” é o nome empregado nas regiões Sul e Sudeste e “pau-d’arco” no Leste, Norte e Nordeste. No Pantanal mato-grossense é conhecido por “peúva” e em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás por “ipeúna”. Uma das espécies do cerrado, da caatinga e do Pantanal mato-grossense, a Tabebuia aurea é popularmente chamada de “caraibeira” no Nordeste e de ‘paratudo” no Pantanal.

Ornamentação
Sandra Bochi diz que o ipê tem sobrevivido à extinção graças ao seu cultivo intenso para fins ornamentais, mas jamais foi plantado visando à exploração de sua madeira. “Apenas uma vez, na década de 60, uma das espécies de ipê-roxo foi seriamente ameaçada pelo comentário irresponsável de um cientista, que afirmou que o chá de sua casca curava o câncer. A existência do ipê em habitat natural nos dias atuais, contudo, é considerada rara entre a maioria das espécies, porque ela se instala geralmente.uma por hectare. Não encontramos na natureza matas de ipês. Na verdade eles são sempre em poucos indivíduos por mata. Os ipês floridos se destacam em meio a folhagem verde e dão vida às formações vegetais, mas felizmente sua sobrevivência está garantida porque a cada dia é mais cultivado”, afirma.
Floração
Planta decídua que se desprende suas folhas precocemente, sua floração ocorre antes do surgimento da nova folhagem, sem data precisa - normalmente entre abril e setembro. É uma das árvores homologadas para plantio pelo fato de possuir raiz pivotante (para baixo), sem quebrar a calçada. “No período de floração dota-se de beleza inigualável e fugaz, traduzida pelos versos de Sílvio Ricciardi: ‘Ontem floriste como por encanto, sintetizando toda a primavera; mas tuas flores, frágeis entretanto, tiveram o esplendor de uma quimera. Como num sonho, ou num conto de fada, se transformando em nívea cascata, caíam como se chovesse prata...’”, menciona.

Lição
Na opinião da doutora, as pessoas precisam aprender que folhas e flores caídas em avenidas, ruas e calçadas, não podem ser consideradas “sujeiras. “Um tapete florido em uma via pública, colorindo lugares de branco, amarelo e roxo, tornam nosso dia-a-dia mais bonito, mais fácil de ser vivido. Precisamos ensinar a nossos filhos que flores fazem bem para nosso espírito, nos elevam, nos tornam mais humanos. Parabéns cidadãos rondonenses. Teremos milhares de ipês em um futuro bem próximo enfeitando nosso município”, finaliza.

LEGENDA: Professora doutora em Botânica da Unioeste, Sandra Bochi Volk: “Parabéns cidadãos rondonenses. Teremos milhares de ipês em um futuro bem próximo enfeitando nosso município”


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